“Avenida Brasil terminou com clima de final de Copa do Mundo. Minutos antes de começar o último capítulo, o Jornal Nacional exibiu imagens das principais ruas de São Paulo e do Rio de Janeiro, praticamente desertas. Todos estavam em casa, na frente da TV, o povo estava ansioso para saber o desfecho da história de Nina e Carminha. Até a BBC e o jornal britânico The Guardian fizeram uma matéria sobre a novela das nove.”
A novela de João Emanuel Carneiro foi campeã de repercussão, a mais lucrativa e comentada dos últimos anos. Eu poderia ficar aqui falando e falando da trama, mas acho melhor não. Isso todo mundo já está fazendo, prefiro falar da principal responsável pelo sucesso de Oi Oi Oi, aquela que conseguiu fazer com que uma mesma pessoa a odiasse e a amasse ao mesmo tempo. Vocês já devem saber de quem estou falando, Carmen Lúcia Moreira de Souza, popularmente conhecida como CARMINHA. Se tirássemos Carminha da história, e colocássemos qualquer outra vilã, ou qualquer outra pessoa para interpretá-la, Avenida Brasil não faria esse sucesso. Me arrisco a dizer que Carminha foi a responsável por pelo menos 80% do sucesso da novela.
E o que dizer da interpretação PERFEITA de Adriana Esteves? Alguém viu uma atriz incorporar uma personagem da maneira que Adriana incorporou? Os gestos, o jeito de anjo e olhar de demônio, os gritos, os surtos, o ranger de dentes, as “rosnadas”, todos esses detalhes criaram uma identidade extremamente original, tornando Carmen Lucia diferente de todas as outras vilãs.
Carminha certamente está entre as personagens mais marcantes da história da TV Brasileira, ao lado de Sassá Mutema, Viúva Porcina, Odete Roitmann, Nazaré Tedesco, Odorico Paraguaçu, Gabriela, Bia Falcão, Tieta, entre outros.
Ela conseguiu conquistar o público de tal maneira, que as pessoas passaram a torcer por ela, ao invés de torcer pela justiceira Nina. Méritos de Adriana Esteves. E quem imaginaria que no último capítulo, uma vilã faria o país inteiro se emocionar? Milhões de pessoas sentiram um nó na garganta ao ver Carminha se arrepender, e abraçar Nina aos prantos. Esse foi o ápice da trama, o momento mais aguardado de todos. É justo também dar os devidos méritos a Débora Falabella.
Seria coerente de nossa parte aplaudir de pé o trabalho do autor João Emanuel Carneiro, e o de Adriana Esteves. A genialidade do autor, se juntou ao talento da atriz, e o resultado, bom, o resultado todo mundo já sabe, não precisa repetir…
Crítica feita por Neto Amorim
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